BIPOLARIDADE Dalva Saudo
Ela tem ciclos como a água.
Ciclos de depressão. Início de tempestade!
Ciclos de tranqüilidade. Ambigüidades bipolares
Explosões de felicidades!
Depois vem a adversidade. Ciclos como a água.
Às vezes calma...leve...outras em ebulição.
Quando sai a depressão...Explode a felicidade!
Desenfreada, acalorada, extasiada!
Ciclos como a água. Calma nas nuvens...
Às vezes até generosa querendo cultivar!
De repente...tempestuosa, ansiosa!
Se você a conheceu calma, como a chuva refrescante
Que o povo agradece em prece,
Não se decepcione ao vê-la na adversidade.
Nem a abandone! São extremos de bipolaridade!
Ora está tranqüila e doce como as águas do rio.
Outras...como um mar bravio. É o momento em que padece.
Pela alma sensível que tem,
Sente que as pessoas se encantam ao vê-la feliz
E logo se desencantam ao vê-la infeliz.
Assim ela vai experimentando
Felicidades em excesso, tristezas profundas
Saudades avassaladoras e dúvidas cruéis,
Sonhando em ser apenas centrada
Relembrando o arco-íris sereno, calmo equilibrado
Em cores repousantes lá longe no horizonte.