terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

POESIAS de Leda Davanso Correia



             O MAR 

DEZ/2011                 Leda Davanso Correa

O mar esse imenso profundo 
com seus vagalhões e esplendor
poderoso e manso noturno
radiante e diurno senhor
             O mar é palco da vida 
             e na morte também se vão
             é berço sombrio , é descida 
             de homens que não voltarão
Leva o mar doce e soluça
despoja na praia os restos
onde o pranto só, assusta !
                Mar doce braço que envolve
                enlace de noivo carente 
                nas vagas que voltam pra gente!

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        CARTAS PRA DALVA

08/fever/2012

Depois que ela foi trabalhar 
não pude contar com ela 
nem pra telefonar 
nem peguei o número dela!
             É que também nem gosto 
             só de telefone usar,
             prefiro falar ao vivo 
             que longe escutar
Falei  por várias vêzes,
vamos nos encontrar 
tomar café no Regina 
ou no Shopping Jaraguá !
          Depois de  um bom cafezinho 
          muita prosa vamos dar
          comer de queijo pãozinho
          doce de coco comprar
Não pra falar  do alheio 
que essas coisas , não dá!
mas pra rir de nossos feitos 
ah! isso  dá o que falar !  
         O bom  mesmo é contar 
         do nosso passado amoroso
         que não se pode  mudar 
         o que foi tão doloroso !
E as delícias da vida  !
quem curtiu , quando e porque?
se foi curta a saída
ou longa a espera ,se vê !
        quem cometeu desatinos 
        por amar demais alguém
        quem não amou, não entende
        e do amor faz desdem!
Mas sou um pouco teimosa 
 e perseverante também 
não há quem saia  ileso 
e que não goste de alguém !
             Mas amiga , vê se escreve 
             umas notícias me mande
             por email, pega leve
             antes que eu me zangue!
Não quero ser exigente 
mas custa falar amiga?
vê se liga pra gente
que eu te amo querida!

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Faíscas de Pura e Eterna Paixão de Eunice R. Pontes


Faíscas de pura e eterna paixão
 
Faíscas de pura e eterna paixão
tremulam, criam labaredas que
incendeiam meu coração,
pululam com muita emoção.
 
Faíscas de pura e eterna paixão
invadem meu peito, sem jeito,
sacodem a chama de quem ama,
iniciam uma grande combustão.
 
Faíscas de pura e eterna paixão
rebelam-se em meu coração,
estremecem meu interior,
revelam minha grande dor.
 
Faíscas de pura e eterna paixão
instalam-se em meu coração,
tornam-se fogo que levanta o balão
subindo bem alto, lá na amplidão.
 
Faíscas de pura e eterna paixão
estilhaçam meu coração,
passam, ocupam todo o espaço,
ferem como o duro e frio aço.
 
Faíscas de pura e eterna paixão
queimam todo o meu coração,
ateiam fogo à minha armadura,
sacolejam toda a minha estrutura.

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Fragmentos poéticos de Eunice R. Pontes


       Gelo
Quebrei o gelo, juntei minhas
forças, trancafiei segredos,
enfrentei meus medos, tomei
uma atitude, quanta emoção!
Acreditei num recomeço,
reinventei minha vida, acalentei
novo sonho, hospedei somente
esperança em meu coração.
      Eunice R. de Pontes





Sonho           
Neste meu sonho somente
venturas ponho; ergo uma
taça num brinde a você.
Transformo amarguras, tão duras,


em doces embalos de amor.

Neste meu sonho vejo você
a procurar por mim; entre todas
as venturas, a maior delas é você.
         Eunice R. de Pontes

         Contraste
Quando estou ao lado teu
meu coração se aquece,
minh'alma em calmaria se desvanece,
como numa plácida pradaria.


Porém, se me afasto, tudo se torna

nefasto; seca o verde prado,
não há mais nenhum vestígio
alado de um único rastro teu.
    Eunice R. de Pontes


      Coração

Deparei-me contigo,
tão de improviso
que meu pobre coração,
já tão sofrido, quase parou


com um grande abalo;

levou um solavanco,
só voltou a pegar 
depois de um tranco.
   Eunice R. de Pontes
     
       Novo traço
Traço um novo traço, faço
e refaço outros caminhos
que me levem a ti, porém sei
que muito difícil é te encontrar,


nem sei onde poderias estar. Quem

sabe minha fada madrinha, com sua
varinha de condão, num passe de mágica
leve-me a ti ou traga-te até a mim.
             Eunice R. de Pontes