quinta-feira, 24 de julho de 2014

Estou assim > Poeta Menduiña Francisca



ESTOU ASSIM

Me confundo entre o medo e a certeza 
lampejos de minh’alma inflama meu eu,
estou entre a cruz e a espada;
Morte e vida se deparam em mim,
brigam quem vai ganhar...
E eu as vejo me rondando
uma delas vai ganhar, eu brigo comigo,
quero a vida sem regalias
apenas a poesia vai me ganhar,
me perdendo entre as letras
dedilho calmamente dentro de mim
o que quero que o mundo saiba;
Quero meu amor cantando, a noite pra eu dormir,
me apoia no meu andar direcionando-me ...
Me beija dizendo que me ama
agora, assim, quase nem acredito!
Ele franze a testa zangado.
Este amor agora sem restrições
suas mão sustentam as minhas com carinho,
sinto-me no céu levada por ele;
um dia muito longe,
posso dizer adeus
a ele e a poesia.

MENDUIÑA 23/07/14

domingo, 13 de julho de 2014

Alma Enferma da Poeta Campineira Eneida Tagliolatto


                                                               ALMA ENFERMA
                          
                                                                                               ENEIDA TAGLIOLATTO
                                     Se todos pudessem entender
                                     os sentimentos que invadem
                                     a alma de alguém,                                     
                                     seria no meu modo de ver,         
                                     muito mais fácil compreender,
                                     quando essa alma deixa transparecer,
                                     a sua tristeza e sua dor também.
                                     Sim, é verdade, a alma tem dor.
                                     Uma dor cruel, que leva ao desespero total,
                                     e que muitas vezes,
                                     pode se tornar fatal!
                                     Mas é tão simples conter esse pesar,
                                     basta que as pessoas que rodeiam o infeliz,
                                     deixá-lo em paz, sem cobrar.
                                     Deixá-lo apenas viver;                                    
                                     viver como sempre quis.                         

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Sem Limites > Versos de Menduiña Francisca‎ da ACADEMIA NACIONAL DE LETRAS DO PORTAL DO POETA BRASILEIRO


Hoje senti uma terrível sensação
chegou minha cadeira de rodas nova!
Um desejo enorme de desaparecer,
sair por aí a esmo apenas eu-
quase inerte fiquei me sentindo ali...
esvaiu-se de mim a jovialidade que existia
me senti sem rumo, com a batalha perdida
entrei na escuridão de mim mesma
agonizei ali como estátua, parada;
cheguei a perder por instantes a lucidez,
minha mente embaralhava
sentimentos diferentes, contraditórios;
Eu não era mais eu,
agora sou o que sobrou de mim
fui usada em vários sentidos
aprisionada fiquei anos a fio
sucumbi de tanta tristeza
as forças se foram 
agora sei disto,
esvaí-me de mim mesma,
sentimentos torpes estes meus
será que até meus neurônios se vão?
O que será das minhas poesias?
Do que lutei para conseguir!
O que virá agora meu Deus?
Minhas perguntas vão-se;
tomara o vento leve
e eu seja ouvida.

MENDUIÑA

terça-feira, 1 de julho de 2014

Poesia de Dalva Saudo > "Aeroporto de pássaros"

Queria ser uma alta pedra... 
Contornada de curvas 
Nas curvas do litoral
Pedra cartão postal de alto astral
Sensual...
( Como a Pedra da Gávea!)

Aeroporto...  conforto de pássaros
Onde pousariam em meus recantos
Alegrando-me com seus cantos

Uma Pedra celebridade, sem idade,
Visada, fotografada...
Com temas musicais trissilábicos... 
Corais de bicos de Bem-te-vis

Bem- te- viiiiiii  Bem- te vi!!!!!!!
Bem- te- viiiiii  Bem- te- viiiiiiiii
Bem- te- viiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii

Seria uma pedra princesa encantada
Ornamentada de flores!
E... pelo canto da passarada...
Que saciariam a sede nas águas sem-fim...
Vertentes de mim!