Nós do destino
Acalme a dor que impiedosa
teu peito invade
Enxugue o pranto
Procure o equilíbrio que te sustente
Entenda que a ninguém e dado saber
o futuro
Tampouco o que reserva o amanhã
diante das incógnitas
Compreenda a beleza dos sonhos
sentimento luminoso
Magia que empresta cores à estrada
Alivia o fardo cotidiano
Ideais de felicidade rebordados da
Branca paz
Mas infelizmente abruptos desvios
Instalam amargas lágrimas da incerteza
Nós do destino embaraçam indiferentes
Os dias, carregam planos
Embaçados desenganos
Ante dolorosas perdas repentinas
Tristes caminhos distantes do
Imaginário porto da paz
Realidade que se revela fria, nua,
Impiedosa.
Atente para fugacidade deste algoz
chamado tempo
Aprenda a se levantar dos tombos
Seja forte diante de embaraços
Descarte o cansaço, supere a dor
Vislumbre delicados fios do amor
liberto dos nós a flutuar sob
as folhas das parreiras
Na alquimia das horas
Impõe-se, no entanto o destino
Embaraçados desatinos
Vermelho do arrebol
trajado de cinza
Prenúncio de chuvas torrenciais
Dolorosas despedidas
Esperanças perdidas.
Ana Stoppa
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